Depois de assistir na sua escola a apresentação sobre um projeto que parecia interessante, embora ainda um pouco confuso, Luis Vagner resolveu participar da seleção para fazer parte dele: respondeu sobre a profissão que queria seguir e qual contribuição daria para a sociedade com ela. “Eu não fazia idéia de como seria o CAM. Apenas me imaginava pesquisar coisas sobre DNA ou química, analisando amostras em tubos de ensaio”, conta, explicando que essa era a imagem que ele e a maioria dos seus colegas tinham sobre a vida científica.
O que estimulou Luis Vagner a participar do processo de seleção para entrar no CAM foi a sua vontade de aprender mais. Ele acreditava que a participação no grupo o ajudaria numa melhor formação, já que o projeto chegou e logo de primeira perguntou sobre a profissão desejada por cada um. Apesar de ter feito o teste ao responder às perguntas, Vagner só decidiu mesmo a profissão que trabalharia quando começaram as atividades. Felizmente foi selecionado e se surpreendeu no início das atividades: “Eu achei que teria que seguir ordens de alguém, não o contrário. Não imaginava que o trabalho seria totalmente baseado numa profissão que eu quisesse seguir, então resolvi ir para o ramo das artes plásticas, porque a única coisa que eu sabia fazer bem era desenhar”, diz.
Decidido sobre o que pesquisar, Luis Vagner iniciou o seu trabalho focando nos principais construtores da área. Com o tempo, percebeu a necessidade de aprofundar mais as buscas sobre como cada uma das artes havia aparecido e outras curiosidades. O estudante confessou que esta foi a parte mais difícil. De acordo com ele, um tema nunca é desanimador quando se gosta, mas pelo mau costume de copiar e colar trabalhos na escola sem ler corretamente, sentiu grandes dificuldades. O fato do CAM não trabalhar com notas, diferentemente da escola, também foi um ponto desafiador. Vagner conta que nunca pegava um livro para ler, e no Centro de Ciências começou a fazer isso.
Figuras 1 e 2: Vagner em atividade no Laboratório e apresentando seu experimento no CIAC para crianças
Com o tempo, a pesquisa se aperfeiçoou com todas as apresentações em slides, os artigos, corrigidos e recorrigidos, cada vez melhores. Vagner teve a oportunidade de apresentar em congressos científicos fora do Estado, junto com outros jovens do Centro. Além disso, fez diversas apresentações em atividades do CAM em Salvador, e conta: o que mais lhe impressionou foi a alegria e a curiosidade das crianças: “Elas ficavam encantadas com os experimentos e faziam perguntas que pareciam tão simples, mas eram difíceis de responder”. Hoje Luis conta que sempre levou consigo a meditação que aprendeu a fazer antes do início das atividades, pois ela o ajuda a trabalhar melhor e tomar decisões.
Hoje Luis é auxiliar administrativo na Universidade Jorge Amado, onde também estuda o segundo período de Publicidade e Propaganda. A experiência no Centro de Ciências lhe ajuda com a produção dos seus trabalhos na faculdade, inclusive quando se trata de apresentações orais. Acredita que quanto mais cedo se iniciar o despertar por uma profissão, melhor. “Eu ainda vivo no CAM! É uma coisa que não dá para sair, ficou guardado em mim. Acompanho o Pergaminho Científico desde que saí da Ufba”, desabafa.
Figura 3: Vagner veste jaleco em Mateus na Cerimônia de Entrada de novos estudantes no Centro de Ciências
Um comentário:
Olha só! O meu irmão está ficando famso! HuhU!
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