Por: Profª Rejâne Lira, coordenadora do NOAP/UFBA
sexta-feira, 19 de março de 2010
Curso de Extensão
Por: Profª Rejâne Lira, coordenadora do NOAP/UFBA
quinta-feira, 18 de março de 2010
CONVITE - SALA VERDE
Na ocasião haverá apresentação do trabalho "Salas Verdes de Salvador e Região Metropolitana", realizado em 2009 por estudantes da Faculdade de Comunicação da UFBA. Contamos com a presença dos integrantes das Salas Verdes.
Por: Profª Rejâne Lira, coordenadora do NOAP/UFBA
Nota: Aula Inaugural
Foram apresentados os projetos relativos ao ano de 2010, lançamento de vídeos e a entrega de certificados dos educandos concluintes do Programa.
quinta-feira, 4 de março de 2010
8ª Feira Brasileira de Ciência e Engenharia
O Projeto idealizado pelo estudante intitula-se: Contribuições da Espectroscopia para Física do Século XX , e relata, através de pôster, apresentação oral e um experimento, as contribuições recebidas pela Física do Século XX através do desenvolvimento da Espectroscopia e as contribuições recebidas pela Espectroscopia da Física do Século XX.
Escorpiões e Escorpionismo
Financiado pela Fapesb e coordenado pela Profª Rejâne Lira, as aulas tiveram como objetivo principal fazer parcerias com as intituições que trabalham com este tema, afim de passar as experiências obtidas em 23 anos de estudo e trocar informações com quem está diretamente comprometido em diminuir esse problema, a exemplo do Centro de Controle de Zoonoses de Salvador, órgão responsável pelo Programa de Controle de Escorpiões na cidade.
O curso também contou com a presença do pessoal do Ciencia Arte & Magia. Os meninos e meninas do projeto apresentaram uma peça chamada "o manual de escorpianismo," onde encenaram a falta de preparo, cuidado e informação para lidar com "ataques" de escorpiões.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Papisa Joana: você não pode deixar de ler!
Como gosto de compartilhar, não poderia deixar de recomendar a leitura do livro “Papisa Joana”, de Donna Woolfolk Cross, da Geração Editorial, que conta a história de Joana, uma menina de inteligência rara, que enfrenta os preconceitos e as dificuldades de ser mulher em pleno século IX, na Alemanha Medieval, quando a ignorância do povo, a fome, a necessidade de sobreviver diante de poucas perspectivas, o autoritarismo masculino e a prepotência da Igreja Católica descreviam o mais amplo significado do termo “Idade das Trevas”. Desde o seu nascimento, apenas vitorioso graças à ajuda de uma parteira que anos mais tarde foi julgada como bruxa (apenas por conseguir curar preparados caseiros as doenças comuns da época) até a sua descendência (filha de um cônego - medíocre e frio, que apenas repetia os conhecimentos católicos sem nenhuma capacidade de reflexão ou de análise, preconceituoso e autoritário, retrato impecável dos homens daquela época - e de Gudrun, uma bela saxã que viu no seu marido a única esperança de sobrevivência, mesmo pagando o alto preço do silêncio e da humilhação por ter sido criada em outra crença, encontrando apenas nas suas lembranças antigas o bálsamo para curar a amargura da sua vida difícil) faziam de Joana apenas mais um caso comum de uma mulher condenada aos afazeres domésticos, à reprodução, ao medo, à ignorância e ao silêncio.
A história de Joana simboliza o mais perfeito significado da palavra resiliência (do inglês resilience – capacidade de superar, de se recuperar de adversidades), por perceber e escolher os castigos mais cruéis a se acomodar na ignorância e na limitação de continuar vivendo no mesmo lugarejo do seu nascimento. Joana aproveita a ausência temporária dos pais (dedicados diariamente a tarefas tão distintas) para, com a ajuda do irmão mais velho, Mateus, (primogênito e, por isso detentor de todas as regalias para abdicar do trabalho braçal em prol dos estudos), para alfabetizar-se e aprender a ler os textos considerados sagrados e também os proibidos. Diferentemente de Mateus, Joana possui o raro diferencial de contestar e analisar o conteúdo das palavras, raciocinando logicamente sobre o conteúdo dos escritos, sendo considerada uma aberração tanto para as mulheres quanto para os homens, mas um deleite para os verdadeiros mestres.
Alguns trechos do livro me fizeram lembrar o filme “Sociedade dos poetas mortos” (direção de Peter Weir), quando a exigência aos alunos era apenas sobre o processo de repetição, jamais de análise e muito menos de questionamento. As duas histórias mostram jovens que poderiam utilizar o conhecimento como forma de elevação e são impedidos pelos falsos mestres, temerosos de serem superados, modificando e sacudindo a hipocrisia do que foi construído.
Ficam os meus questionamentos que faço questão de dividir com você:
Século IX(Papisa Joana), século XX (Sociedade dos poetas mortos) e século XXI (nossa triste realidade) e uma única expectativa para os nossos alunos: repetir, não analisar, não questionar e repetir os modelos impostos. O que mudou mesmo em doze séculos?
Boa leitura e até a próxima oportunidade.
Rosely Lira – Bacharel em Química pela UFBA – Coordenadora dos Laboratórios de Saúde e Engenharia da UNIJORGE – Centro Universitário Jorge Amado. Contatos: roselyclira@yahoo.com.br.